terça-feira, 19 de novembro de 2013

In love with Cristiano Ronaldo?

“E uma data de mulheres outrora ajuizadas estão quase prontas para erguer os infames cartazes do "faz m'um filho"...

Tinha comentado isto num estado de uma amiga, que dizia o seguinte: I < 3 CR7
(sendo que a coisa esquisita no meio dá origem a um coraçãozinho foleiro)

Foi bem comentado,  mas até achei um fenómeno suficientemente curioso para o analisar um pouco mais a fundo.

O que é que nos dá? Estava eu na minha bolhinha de (pseudo-)intelectualidade, descansadamente, sem ver o jogo da selecção, e, aliás até fui exercitar os meus próprios glúteos de patins, em vez de admirar os do CR7 e dos seus congêneres, quando verifico que não, não é possível.

É pelo FB, é pelo telemóvel, as notícias do jogo de Portugal-Suécia não paravam de chegar, com uma regularidade assustadora! Será que cometo uma gaffe temível, e que a ordem é a inversa Suécia-Portugal, sendo lá na escandinávia? Sim, porque há umas regras manhosas. Tipo “os golos no estrangeiro valem mais”, quando uma pessoa já acha que está tudo perdido. Ou aquela coisa do fora-de-jogo que implica que a carica de sumol que está mais atrás tenha de estar mais atrás que o isqueiro mais à frente que está atrás da carica de sumol da mesma equipa da primeira... (foi assim que me foi explicado).

Enfim, tanto me arreliaram, que lá fui debater-me com a tecnologia e visionar o restinho do jogo numa coisa que é o live stream e que tem uns comentadores que falam dos nossos jogadores (sim, porque assim que começo a ver, passam a ser os nossos, já sou quase família daquelas valentes almas lusas que suam sangue pela pátria) como se se tratasse da Kiss FM no Allgarv a anunciar de chorizous tredicionays: and the ball goes to Petrishi-ow, after Rownal-dow nearly nãseiquênaseiquemais hat trick.

E pronto. Tanta literatura e cultura que uma pessoa estudou, e bastam alguns minutos para considerar contrair matrimónio com o herói nacional. Afinal, temos experiência com produtos da Madeira, e quem já gosta de anonas do tamanho de melões e de rebuçados de funcho, quem sabe até se daria com um labreguinho com os dentes arranjados e com uma irmã insuportável...


Portanto, tenho-o dito. Um dia vou a um jogo no estádio, e quando for, não me deixem levar um cartaz a dizer “CR7 faz m’um filho”, seria de alguma baixeza de nível, e eu ir-me-ia arrepender depois.

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